Les Vignobles De Demain
Chateau Marsyas Blanc
Chateau Marsyas Blanc
Características Organolépticas e Harmonização
Existem vinhos brancos tão interessantes, que deixá-los de lado significa desperdiçar a oportunidade de se surpreender e vivenciar expriências muito recompensadoras. O Château Marsyas é um daqueles que certamente figuraria na lista de indicações de "vinhos obrigatórios para beber antes de morrer". Inusitado, profundo, impactante... uma verdadeira preciosidade. Especula-se que o Líbano seja o mais antigo produtor de vinhos do mundo. Até mesmo citações bíblicas descrevem vinhedos lá plantados. Há 60 km de Beirute, nas planícies aluviais do Vale de Bekaa, está situado o Château Marsyas. Os 55 hectares de vinhedos estão encravados no sopé do Monte Barouk, a uma altitude de 990 metros. O Vale de Marsyas, também conhecido pelos antigos árabes como "Vale de Noé", em referência ao suposto local de enterro do profeta bíblico, é conhecido principalmente pelos templos sagrados de Baalbek / Heliópolis. De propriedade da família Saadé, os rótulos do Château Marsyas são produzidos na crença de que "o vinho está enraizado na terra". O terroir veio primeiro e todo o trabalho de vinificação leva em conta essa premissa fundamental. Sandro Saadé trabalha com a ajuda do mundialmente famoso consultor de Bordeaux, Stéphane Derenoncourt produzindo vinhos soberbamente elegantes com um caráter único. O Marsyas Blanc é o principal vinho do Château, sendo elaborado através de um exótico corte entre Chardonnay e Sauvignon Blanc. As melhores características dessas castas se fundem e dão origem a um vinho multifacetado, com grande riqueza e profundidade. O aroma exibe notas complexas que sugerem raspa de limão, flores como lírio branco e madressilva, pêssego maduro, um toque de mel, além de leves nuances minerais como pólvora e pedra molhada. Na boca temos um vinho denso e potente, com textura untuosa. Sabores intensos de pêssego em calda se unem a notas amanteigadas e um toque de flor de laranjeira. Mostra ainda uma acidez bem bacana, que compensa toda essa potência e equilibra o conjunto. O final é expressivo e persiste no palato por um longo tempo. Como bem apontou o crítico Andrew Jefford (da Decanter Magazine), um vinho longevo para deixar os libaneses orgulhosos. Esse exemplar está pronto para o consumo, mas poderá ser apreciado, ainda em seu ápice, até fins de 2027.